Consulta hoje..

Consulta hoje com dr. Werner. Retirei os pontos e conversamos sobre próximos passos. Depois do dia 15 de janeiro, começa os preparativos para a quimioterapia e depois radioterapia seguido de medicação oral. Vambora!

Médicos especiais

Se tenho vivido bem estes últimos meses devo muito a dois médicos e suas equipes: o  mestre em saúde coletiva dr. Werner Weissheimer (Chapecó) e o mastologista clínico e cirúrgico dr. Rodrigo Cericatto (Porto Alegre).
Com o dr. Werner sinto-me verdadeiramente sendo atendida, orientada e foi quem me ofereceu o que podia ter de melhor para o tratamento. Um grande estudioso, um profissional que faz jus ao juramento que fez.
Com o dr. Cericatto, que é também presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia (regional RS)  fiz a cirurgia e agradeço a agilidade e competência. No caso do câncer..não dá pra esperar.
Os dois desdobraram-se para que eu fizesse a cirurgia ainda em dezembro e deu tudo certo nesta primeira etapa.

A importância dos amigos

Do resultado da biópsia até a notícia oficial da médica, muitas coisas aconteceram. Amigos queridos viveram comigo horas de agonia. Cada um se manifestou e de alguma forma tratou de ajudar. Meu diagnóstico já estava na rua e a racionalidade deles me ajudou a encontrar o caminho.

O resultado no Google

Da identificação de um caroço até o diagnóstico da biópsia foi um verdadeiro sufoco. Eu queria saber o que eu tinha, por isso, não esperei pelo plano de saúde, pois usando o convênio faria a mamografia somente na primeira quinzena de dezembro. Corri contra o tempo. Foram dias de agonia, você não produz, não se concentra.
Com o resultado da biópsia na mão tive dificuldade de encontrar um horário na agenda da minha médica, que estava acompanhando e indicando os exames até então. Importante neste momento é que o médicos entendam que o que para eles é comum, para nós, pacientes, é único e dolorido: a notícia de um câncer maligno. Fui atendida na tarde do dia seguinte pela médica mas, antes disso, o pior já tinha acontecido. Com os resultados na mão abri, li e busquei a informação do "santo" Google. Um grande erro que eu mesma sempre critiquei. Lá, em frente ao computador, no Google, eu encontrei a explicação sobre o que era o carcinoma ductal infiltrativo e custei a levantar a cabeça depois disso. Era óbvio que se eu não esperei pelo plano de saúde para fazer os exames, dificilmente esperaria muito para receber a informação da médica. Nestas horas, não é secretária da clínica médica que te acalma, justificando compromissos pessoais do médico. Você quer e precisa da profissional que você escolheu para cuidar de você. Nem sempre isso acontece.

O que fazer...

Até você relaxar e aceitar que você tem um câncer milhares de pensamentos tomam conta e neste curto espaço de tempo você precisa definir qual postura adotar: lamentação e revolta ou aceitação e vontade de viver. No meu caso, demorei uns dois dias pra conseguir que meus pensamentos se alinhassem e eu conseguisse prosseguir. Foi quando vi as pessoas que amo ao meu lado chorando, tanto quanto eu, e pensei que daquela forma não resistiria a nada. Então pensei que aquela era a hora de levantar e saber quais os próximos passos.

A sensação do fim

Quando você recebe o diagnóstico do câncer, parece que é o fim. Que daquele momento pra frente acontecerão as piores coisas da vida até padecer pela doença. A sensação é de dor em algo que você nunca sentiu dor, no meu caso, na mama. A doença é silenciosa e traiçoeira, pois se você não encontra indícios, viverá com ela até que algo aponte estar errado. Chorei muito. Uma mistura de não acreditar com "e agora"? Afinal parece que estas coisas só acontecessem com os outros.

Diagnóstico

Em 30/11/2011, despretensiosamente, antes de dormir, ao ajeitar a alça da camisola encontrei um pequeno caroço na mama direita. Muito evidente. Parecia uma "grãozinho de feijão" no quadrante superior da mama direita. Logo no dia seguinte, fiz mamografia digital. O resultado apontou um nódulo. Ainda na mesma semana, fui submetida a ultrassonografia com "três achados suspeitos". Tratava- se de dois nódulos na mama direita e um na mama esquerda. Começava então a investigação pelo "tipo" do achado, por isso, fui orientada a fazer biópsia em dois dos achados - um em cada mama - em função do tamanho e forma. Fiz uma PAAF na mama esquerda e uma core biopsia na mama direita. 
Resultado em 17/11/2011 foi de 
câncer de mama (carcinoma ductal infiltrativo- câncer maligno). Mama direita.

Olá

  Tudo pronto..blog no ar!