segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

O resultado no Google

Da identificação de um caroço até o diagnóstico da biópsia foi um verdadeiro sufoco. Eu queria saber o que eu tinha, por isso, não esperei pelo plano de saúde, pois usando o convênio faria a mamografia somente na primeira quinzena de dezembro. Corri contra o tempo. Foram dias de agonia, você não produz, não se concentra.
Com o resultado da biópsia na mão tive dificuldade de encontrar um horário na agenda da minha médica, que estava acompanhando e indicando os exames até então. Importante neste momento é que o médicos entendam que o que para eles é comum, para nós, pacientes, é único e dolorido: a notícia de um câncer maligno. Fui atendida na tarde do dia seguinte pela médica mas, antes disso, o pior já tinha acontecido. Com os resultados na mão abri, li e busquei a informação do "santo" Google. Um grande erro que eu mesma sempre critiquei. Lá, em frente ao computador, no Google, eu encontrei a explicação sobre o que era o carcinoma ductal infiltrativo e custei a levantar a cabeça depois disso. Era óbvio que se eu não esperei pelo plano de saúde para fazer os exames, dificilmente esperaria muito para receber a informação da médica. Nestas horas, não é secretária da clínica médica que te acalma, justificando compromissos pessoais do médico. Você quer e precisa da profissional que você escolheu para cuidar de você. Nem sempre isso acontece.

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